Batendo de frente com a polêmica sobre o fato do Android ser um Linux, o Google quer aproximar o kernel do Android do kernel Linux principal. Entenda!
Embora o Android seja construído sobre um kernel Linux, ele não é construído sobre o mesmo kernel Linux usado pela maioria das distribuições Linux para desktop. Em vez disso, ele usa algo chamado kernel comum do Android.
Esta é uma versão LTS fortemente modificada que incorpora um monte de código “out of tree” de fabricantes de chips, parceiros de hardware e do próprio Google, além de drivers de firmware, soluções alternativas peculiares e outros patches diversos.
Repita o processo para todos os telefones Android existentes e você pode ter uma ideia de como as coisas são divergentes no momento.
Agora, o Google quer levar o Android “o mais próximo possível” do kernel Linux principal. Esse nobre objetivo, relatado pela Android Police, foi expandido pelos engenheiros do Google que falaram na Linux Plumbers Conference 2019.
Google quer aproximar o kernel do Android do kernel Linux principal
O Ubuntu Phone, a tentativa fracassada da Canonical de levar o Ubuntu para os smartphones, dependia muito da cooptação de dispositivos Android existentes porque reutilizou o kernel Linux Android existente.
Mas agora há novos smartphones baseados em ARM, incluindo o Librem 5 e o PinePhone, que tem como alvo o suporte principal ao Linux.
E o Google está claramente pensando na mesma linha.
Apenas não confunda os desejos do Google com a realidade. Isso é algo sobre o qual eles estão falando há um tempo e estão progredindo bastante. Mas tudo isso ainda está longe de acontecer.
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Grandes mudanças técnicas e políticas
Mudar o Android para rodar no kernel Linux principal seria uma tarefa enorme, que inevitavelmente causaria grandes mudanças técnicas e políticas na maneira como o kernel Linux é desenvolvido atualmente.
Em vez de cada dispositivo Android enviar seu próprio kernel Linux específico do dispositivo, a ideia do Google é tornar upstream o máximo de código possível e estabilizar a ABI no kernel do Linux para que haja uma interface estável para os fornecedores de kernel e hardware do Linux.
Em resumo, como resume Ars Ron Amadeo, “o Google quer separar o kernel do Linux de seu suporte de hardware”.
Infelizmente, é improvável que isso aconteça da noite para o dia, se é que acontecerá!
E você o que acha dessa ideia? Deixe sua opinião nos comentários!
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