O CERN usará código aberto para reduzir seus custos com software e retomar o controle de sua estrutura. Confira os detalhes e entenda.
O CERN é mais conhecido por ampliar os limites da ciência e do entendimento, mas o próximo grande experimento da famosa equipe de pesquisa será o software de código aberto.
A European Organisation for Nuclear Research (Organização Européia para Pesquisa Nuclear), mais conhecida como CERN, e também conhecida como sede do Grande Colisor de Hádrons, anunciou planos de migrar de produtos da Microsoft para soluções de código aberto, quando for possível.
Por quê? Por causa do aumento das taxas de licença da Microsoft.
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CERN usará código aberto para reduzir seus custos com software
A Microsoft recentemente revogou o status das organizações como uma instituição acadêmica, em vez de precificar o acesso a seus serviços aos usuários.
De acordo com a organização que opera o Grande Colisor de Hadron (LHC), uma mudança nos tipos de licenças pela multinacional, que passou de acadêmico para o negócio, isso aumentou o custo de várias licenças de software em 10x, o que é demais para o orçamento do CERN.
Mas as taxas de software comercial não são a única razão pela qual a organização está avaliando software de código aberto.
O Microsoft Alternatives project, codinome MAlt, também procura ajudar a ‘retomar o controle’.
Em um post no blog, Emmanuel Ormancey, do CERN, explicou:
“O objetivo da MAlt é nos colocar de volta no controle usando software aberto. Agora é hora de apresentar mais amplamente este projeto e explicar como ele moldará nosso ambiente de computação.
Por causa de sua natureza colaborativa e ampla comunidade, o CERN precisa de um grande número de licenças para prestar serviços aos funcionários e colaboradores.
Isso faz com que as licenças de tipo de negócios que a Microsoft aplicou se tornem difíceis de manter em um nível econômico, forçando a encontrar alternativas mais baratas e que, de passagem, lhe dá maior controle e domínio sobre sua própria infra-estrutura.
O CERN (como muitas instituições científicas e de pesquisa) já faz uso de software de código aberto e Linux em várias áreas, então eles não estão exatamente se interessando pelo desconhecido.
O CERN, além de ser uma das maiores instituições científicas do mundo, mostrou tradicionalmente um grande suporte para o código aberto, um aspecto que foi demonstrado com o grande papel que o GNU/Linux e o OpenStack têm em sua infraestrutura, além de ter desenvolvido por muitos anos a sua própria distribuição, o recém-falecido Scientific Linux (decisão possivelmente motivada pelo uso prolongado de CentOS dentro da organização).
As primeiras ‘grandes mudanças’ serão o serviço de e-mail de substituição para o departamento de TI do CERN e a transferência de alguns ‘clientes do Skype for Business’ para um ‘piloto de telefonia por softphone’.
Para uma organização tão grande e tão importante quanto o CERN, as migrações planejadas exigirão tempo, paciência e testes graduais.
Mas eles parecem acreditar no potencial, afirmando:
“Embora o projeto Microsoft Alternatives seja ambicioso, também é uma oportunidade única para o CERN demonstrar que a construção de serviços essenciais pode ser feita sem o fornecedor e o bloqueio de dados, que a próxima geração de serviços pode ser adaptada às necessidades da comunidade e finalmente pode inspirar seus parceiros, colaborando em torno de uma nova gama de produtos.”
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