Será que as ofertas OpenStack da Canonical são melhores que as da Red Hat? Confira os detalhes do discurso de Mark Shuttleworth que colocou as soluções OpenStack de sua empresa contra as da Red Hat!
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Fechando a palestra de abertura no OpenStack Summit em Vancouver, Canadá, Mark Shuttleworth não hesitou em valorizar as ofertas OpenStack da Canonical, apontando quem ele considera como seu grande rival no ecossistema Linux: a Red Hat.
Sobre as declarações dadas por Mark Shuttleworth no OpenStack Summit, coletadas pelo ZDNet, pode-se destacar, em primeiro lugar, a definição do objetivo da Canonical com a referida plataforma de computação na nuvem.
Sobre isso, ele afirmou que:
“A missão é eliminar todos os atritos com a implementação de OpenStack. Podemos oferecer implementações OpenStack com duas pessoas em menos de duas semanas, em qualquer parte do mundo.”
Ofertas OpenStack da Canonical são melhores que as da Red Hat?
A parte polêmica do discurso de Mark Shuttleworth começou com a seguinte frase:
“A Amazon aumentou a eficiência, então agora todos estão reduzindo os custos de infraestrutura. Tudo está relacionado ao Ubuntu, não ao Red Hat ou ao VMware. Google, IBM e Microsoft estão investindo e inovando para reduzir o custo da infraestrutura. Cada uma dessas empresas trabalha com a Canonical para fornecer serviços públicos.”
Sim, Shuttleworth mencionou a Microsoft. Não é estranho ver que a empresa por trás do Ubuntu tem um relacionamento fluido com a gigante de Redmond, especialmente quando vemos que ela participa de iniciativas que tratam de tecnologias como a WSL (Windows Subsystem for Linux).
Além disso, uma crítica direta foi adicionada aos preços da VMware, algo que poderia estar ligado à implantação de um serviço para mudar as implementações do OpenStack da gigante da virtualização, para aquelas oferecidas pelo Ubuntu.
Depois de afirmar a maior eficiência da Canonical contra a VMware, Mark Shuttleworth atacou a Red Hat:
“Quando nos convidam para fazer uma oferta e enfrentamos a Red Hat, ganhamos quatro de cinco vezes, mesmo em empresas que nunca tiveram outro Linux além da Red Hat em suas instalações”.
Ele também se referiu a Kubernetes, dizendo que:
“muitas instituições estão descobrindo que o Ubuntu e Kubernetes ‘upstreams’ entregam 80% do que eles querem, enquanto o ecossistema aberto de Kubernetes é responsável pelos restantes 20%. E isso vem com um terço do custo da Red Hat.”
Além da rivalidade estritamente corporativa, surgiram também alguns “choques tecnológicos” no cenário do desktop, colocando Upstart contra systemd, Mir contra Wayland e Snap contra Flaptak.
Essas primeiras tecnologias são todas desenvolvimentos de propriedade da Canonical, enquanto as últimas, embora não sejam adequadamente da Red Hat, tem essa empresa como seu principal driver ou um de seus principais direcionadores.
No momento, parece que a Red Hat não quis responder a Shuttleworth. Muito provavelmente, ela não dará continuidade a esse jogo.
No entanto, todas essas declarações deixam clara a estratégia da Canonical em torno dos servidores em geral e da computação em nuvem em particular, concentrando-se principalmente na relação qualidade-preço.
Também não podemos esquecer a trajetória do código aberto, lembrado por Jim Whitehurst no vigésimo quinto aniversário da Red Hat, que passou de oferecer alternativas mais competitivas para liderar a inovação.
No entanto, o fato de o código aberto liderar a inovação não significa que ele abandonou a competitividade com base no custo, e é precisamente isso que, pelo menos na aparência, a Canonical tentará aproveitar.