Pouco tempo depois de tentar barrar aplicativos com preços absurdos, a MS Store volta atrás na política que proibia venda de apps abertos.
No mês passado, a Microsoft Store emitiu atualizações de políticas destinadas a reprimir os desenvolvedores que cobram preços irracionais por aplicativos.
Mas a linguagem que a Microsoft usou sugeriu que mesmo os desenvolvedores responsáveis por esses aplicativos de código aberto não poderiam cobrar dinheiro por eles na Microsoft Store se estivessem disponíveis em outros lugares gratuitamente.
E isso gerou uma forte reação dos desenvolvedores, então a Microsoft voltou atrás em algumas dessas mudanças.
MS Store volta atrás na política que proibia venda de apps abertos
Sim. Depois de tentar barrar aplicativos com preços absurdos, a MS Store volta atrás na política que proibia venda de apps abertos. Apenas um dos aplicativos pagos que aparece quando você procura por WinSCP é do desenvolvedor do WinSCP (pelo menos é o primeiro, eu acho).
Alguns desenvolvedores de aplicativos gratuitos e de código aberto, como o cliente FTP WinSCP e os aplicativos de pintura digital Krita, disponibilizam seus softwares gratuitamente na Web ou em repositórios de código aberto, mas cobram uma taxa para versões distribuídas pela Microsoft Store ou outras lojas de aplicativos como forma de gerar receita para as pessoas interessadas em apoiar o projeto.
O WinSCP é gratuito na Web ou US$ 10 na Microsoft Store. O Krita é gratuito na web, mas US$ 15 na Microsoft Store ou Steam e US$ 10 na Epic Games Store.
Dito isso, você deve estar se perguntando se software livre ou de código aberto pode ser cobrado, certo? PODE SIM! A maioria das licenças não proíbem a cobrança de algum valor, exigem apenas o livre acesso ao código fonte, acesso esse que permite ao usuário modificar e compilar o software para usar.
O que acontece é grande parte dos projetos abertos disponibilizam gratuitamente o código fonte e binários (a versão já compilada e pronta pra uso) dos programas e sobrevivem com doações e patrocínios, ou são mantidos por empresas.
Giorgio Sardo, da Microsoft, diz que, em resposta ao feedback, a empresa “removeu a menção anterior aos preços de código aberto” e que a empresa está “comprometida em construir uma loja aberta e permitir a escolha e a flexibilidade dos desenvolvedores”.
E isso é uma ótima notícia para desenvolvedores de aplicativos de código aberto que desejam cobrar por seu software ao distribuí-lo na Microsoft Store.
Pode ser uma notícia menos boa para os desenvolvedores que desejam apoiar os esforços da Microsoft para reprimir cópias não oficiais de aplicativos que estão aparecendo como aplicativos pagos na Microsoft Store.