Após um período difícil em razão da pandemia da COVID-19, as importações de produtos de plataformas de compras online batem recorde em 2022.
As importações de produtos de pequeno valor (classe que reúne produtos de plataformas de compras como Shein e Shopee) bateram recorde e atingiram 9,9 bilhões de dólares no acumulado do ano, sendo 1,45 bilhões só até o mês de outubro.
Em 12 meses, o valor chega a 11,2 bilhões de dólares.
De acordo com dados divulgados pelo Banco Central e mapeados pela Vixtra, fintech de comércio exterior, o crescimento foi de 176% se comparado ao mesmo mês do ano passado, sendo impactado pela retomada da economia e a chegada de outros eventos comerciais importantes como a Black Friday, Copa do Mundo e Natal.
Importações de produtos de plataformas de compras online batem recorde em 2022
Após um período difícil em razão da pandemia da COVID-19, as importações dessa classe de produtos começaram a normalizar. Para Leonardo Baltieri, co-CEO da Vixtra, fintech de comércio exterior, o crescimento já era esperado.
“Os brasileiros sempre foram consumidores assíduos em plataformas de compras online que enviam produtos do exterior. E à medida que esse tipo de serviço se popularizou, as importações cresceram rapidamente e se tornaram uma boa opção para muitos consumidores”, explica.
Com produtos vindos sobretudo da China, o executivo acredita ter espaço para as importações crescerem ainda mais.
“Apesar do forte crescimento registrado nos últimos meses, é provável que esse número cresça ainda mais em 2023. Com a retomada da economia no Brasil, a resolução do conflito na Ucrânia e controle da inflação, é provável que mais brasileiros adotem as compras nessas plataformas”
Há semelhanças entre o crescimento das importações de produtos de pequeno valor, voltados essencialmente ao público final, e àquelas de produtos para empresas, observa o executivo.
“No mercado b2b, tivemos também um forte resultado este ano. As importações somaram US$ 23 bilhões em outubro, crescimento de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. No período de janeiro a outubro, o crescimento foi de 29%. São resultados excelentes para o comércio internacional brasileiro e reforçam o poder de compra do Brasil na arena global em ambos os tipos de transações.”