O Governo da Coréia do Sul está mudando para o Linux e irá abandonar o Windows. A medida quer acabar com a dependência que o país tem com a Microsoft.
Com 2020 trazendo o fim do suporte ‘gratuito’ para o Windows 7, um sistema amplamente utilizado em todo o governo sul-coreano, surgiu uma grande oportunidade para o Linux.
Governo da Coréia do Sul está mudando para o Linux
De acordo com o Korea Herald, a Coreia do Sul quer mudar os computadores do governo para o software baseado em Linux, abandonando o Windows no processo.
O Ministério do Interior e Segurança do país considera que a migração do Microsoft Windows para Linux reduzirá os custos e a dependência de um único sistema operacional.
Não há nenhuma palavra (ainda) sobre que tipo de distribuição Linux a Coréia do Sul poderia usar (ou se o governo criaria o seu próprio), mas não vamos colocar o carrinho antes do cavalo: existem alguns obstáculos que o Linux precisa eliminar primeiro…
Embora o Linux seja gratuito para qualquer pessoa, mesmo para os governos, mudar para um sistema operacional baseado em Linux não é uma tarefa gratuita.
De fato, o Ministério espera que a mudança para o Linux custará U$$ 655 milhões nos EUA (cerca de 780 bilhões de won). Por quê? O preço da implementação, transição e a compra de novos PCs.
Primeiro, o Ministério planeja testar o Linux em seus sistemas para verificar problemas de compatibilidade e segurança.
Como muitos dos sites, softwares e dispositivos de rede dos governos são criados para serem executados ou compatíveis com sistemas operacionais baseados no Windows, uma tentativa de ‘mergulhar os dedos na água’ será uma boa jogada.
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O timing para o Linux é bom, já que a ascensão do celular afetou lentamente o caso de amor da Coréia do Sul com o ActiveX, uma infame estrutura proprietária feita pela Microsoft e desprezada pelo mundo.
E se nenhum problema importante for encontrado durante a execução do piloto, então os sistemas Linux serão lançados mais amplamente – servindo potencialmente como um catalisador para que mais governos adotem o Linux.
Agora, quando se trata de governos que já fizeram a mudança para o Linux, nenhum é tão famoso quanto Munique, na Alemanha.
O caso do distrito de ligar/desligar novamente com o Linux e o Windows (e mais tarde o LibreOffice) gerou mais reviravoltas do que no início de uma temporada de Game of Thrones (se você não gosta da série, desconsidere a referência)!
Os cínicos podem se sentir tentados a olhar para a confusão de Munique e se perguntar se o anúncio público da Coreia do Sul é menos um compromisso sincero de promover a causa FOSS (Free And Open Source Software) nas estruturas sociais e mais uma tática de negociação com a Microsoft.
Se assim for, será uma maneira divertida de comprar um desconto, com certeza.
Se a Coreia do Sul muda para o Linux no final ou não – não espere movimento antes de 2020 – é bom que o Linux seja pelo menos visto como uma opção viável e prática pelos responsáveis.
Vale lembrar que a Coreia do Norte já usa e até possui a sua própria distribuição Linux, a RedStar OS, que infelizmente, essa distro é cheia limitações imposta pelo governo.
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