Cortando o acesso ao Sync e “outras APIs exclusivas do Google” de todas as compilações, exceto o Google Chrome, o Google quer que os usuários do Chromium mudem para o Chrome.
O navegador mais usado no mundo é o Chrome, desenvolvido pelo Google. Se falarmos de seu motor, as coisas melhoram ainda mais, pois o Chromium é aquele que impulsiona outros como Opera, Vivaldi ou Brave.
Dito isso, então a parte corporativa da Alphabet deve estar satisfeita, certo?
Mas não está, pelo menos assim podemos pensar após o último movimento feito pela empresa do famoso mecanismo de busca e ecoado por um desenvolvedor que colabora com o Fedora, Tom Callaway.
Google quer que os usuários do Chromium mudem para o Chrome
Como podemos ler neste tópico do Twitter, o Google anunciou que deixará de suportar a sincronização e outras APIs “exclusivas do Google”.
Google has announced that it is cutting off access to the Sync and "other Google Exclusive" APIs from all builds except Google Chrome. This will make the Fedora Chromium build significantly less functional (along with every other distro packaged Chromium).
— Tom 'spot' Callaway (@spotfoss) January 19, 2021
Isso fará com que outros navegadores, como o Chromium que algumas distribuições como o Fedora incluem, se tornem menos funcionais no que, pessoalmente, não parece ser um dos melhores movimentos que o Google poderia fazer e acho que tem sido feito de má fé.
“O Google anunciou que está cortando o acesso ao Sync e “outras APIs exclusivas do Google” de todas as compilações, exceto o Google Chrome.
Isso tornará a compilação do Chromium do Fedora significativamente menos funcional (junto com todas as outras distribuições do Chromium empacotadas).
Notavelmente, o Google _ concedeu_ aos criadores dos pacotes de distribuição do Chromium esses direitos de acesso em 2013 por meio de chaves de API, especificamente para que pudéssemos ter compilações de código aberto do Chromium com (quase) paridade de recursos com o Chrome.
O raciocínio dado para essa mudança? O Google não deseja que os usuários possam “acessar seus dados pessoais de sincronização do Chrome (como favoritos) … com um navegador que não seja do Google, baseado no Chromium”.
Eles não estão fechando uma brecha de segurança, eles apenas exigem que todos usem o Chrome.
Callaway diz isso no final da citação. Não é que eles estejam fazendo algo pela nossa segurança, mas a intenção do Google é que todos usem o navegador que controlam 100%.
Não se sabe o que acontecerá no futuro, mas Callaway duvida que seja uma boa opção oferecer o Chromium no Fedora se ele for cortado, e diz à empresa que Sundar Pichai dirige que ainda há tempo para retificar esse movimento tirânico.
Alguns navegadores baseados em Chromium usam seu próprio sistema de sincronização, portanto, não ser capaz de sincronizar senhas e favoritos não seria um grande problema, mas não é o caso do Chromium.
Também será necessário ver se é possível recuperar a sincronização com alguma extensão futura ou se obrigam a sincronizar tudo manualmente, além disso resta ver com que outros cortes nos surpreendem.
Mas até lá, espero que a empresa desista dessa ideia.
E você? O que acha dessa inciativa do Google? Deixe sua opinião nos comentários!