Recentemente, o Google anunciou que deixará de rastrear os usuários através de cookies. Confira os detalhes dessa mudança e o impacto dela.
Quantas vezes você acessou um site e recebeu uma mensagem solicitando que você habilitasse os cookies? Bem, isso vai mudar em breve de acordo com um novo anúncio do Google.
Agora, o gigante das buscas anunciou há alguns dias que iria parar de rastrear os usuários enquanto navegavam na web.
Google anunciou que deixará de rastrear os usuários através de cookies
Isso vem acontecendo há anos por meio dos chamados cookies. Além disso, a empresa prometeu não criar ou usar uma alternativa aos cookies, uma vez que elimina o uso de seus cookies de terceiros.
Embora isso possa ser uma boa notícia para aqueles que se preocupam com a privacidade, isso não significa que o Google deixará de usar informações primárias.
Essas informações são coletadas diretamente dos usuários quando eles visitam sites e serviços controlados pelo Google.
Além disso, a morte dos cookies não significa que a empresa cortará seu maquinário usado para identificar os habitantes da web e as veiculações de anúncios.
Por enquanto, isso permanecerá como está. O Google Ads veio para ficar e a empresa ainda precisa de uma maneira inteligente de manter o fluxo do ecossistema.
O fim dos cookies significa adeus a um capítulo inicial da história da internet. Para quem se despediu do Flash Player recentemente, agora é a hora de se despedir de mais um “personagem” que tem feito parte do nosso dia-a-dia de navegação na internet.
Os navegadores baseados em computador marcaram um período importante na história com criações inovadoras e, certamente, os “cookies” foram algumas dessas inovações.
Os cookies vieram originalmente como uma invenção do programador de computador Lou Montulli. Ele trouxe a primeira iteração de Cookies em 1994 e os nomeou relacionados a “cookies mágicos” colocados por cientistas em operações rotineiras de computador.
Na ausência desses cookies, “cada vez que um usuário clicava para ir para uma página diferente, ele se tornava apenas mais um usuário aleatório, sem nenhuma maneira de associá-lo a uma ação que havia feito apenas alguns momentos atrás”. Em outras palavras, rastreamento da web.
Os cookies abriram a possibilidade para os navegadores realmente “conhecerem” e “lembrarem” seus usuários. Eles são a ferramenta básica que popularizou a web para fins de marketing maiores.
Na “web comercial”, os cookies ajudaram a criar um universo onde a privacidade pessoal era facilmente violada, permitindo que anúncios de milhares de produtos aparecessem nas páginas iniciais.
No entanto, avanços recentes na indústria estão levando ao fim dos cookies. Os clientes passaram anos se reunindo em aplicativos em dispositivos móveis que não acumulam rastreamento de cookies baseados na web de forma tão eficiente quanto antes.
O navegador Chrome do Google, por exemplo, está prestes a bloquear esses cookies de terceiros. O navegador Safari da Apple introduziu o bloqueio de cookies um pouco antes.
De acordo com david temkin, executivo do google:
“As pessoas não devem ter que aceitar ser seguidas na web para obter os benefícios da propaganda relevante. o google anuncia que encontraria alternativas para pulseiras de tornozelo digitais, e os anunciantes não precisam rastrear consumidores individuais na web para obter os benefícios de desempenho da publicidade digital.”
O fim dos cookies não significa o fim do web-tracking
Como o Google está pronto para matar os Cookies, acreditamos que ele já tenha opções válidas para seu modelo de geração de lucros baseado em anúncios.
Na verdade, os profissionais de marketing do Google estão se preparando para esse momento há alguns anos. Eles desenvolveram formas alternativas de rastrear as pessoas que navegam na web.
Além disso, o gigante das buscas criou ferramentas digitais como parte da “caixa de proteção de privacidade” que atende a anúncios direcionados a grupos de indivíduos com interesses semelhantes.
Portanto, o fim dos cookies significa necessariamente que você não será rastreado na web. Sinceramente, não há mais como ter “navegação interativa” sem concordar com certos termos.
