E foi lançado o Distrobox 1.8 com melhorias, correções, e novos recursos, e muito mais. Confira as novidades e veja como instalar no Linux.
O projeto Distrobox é implementado como um plugin em cima do kit de ferramentas Docker ou Podman, e se destaca pela máxima simplificação de trabalho e configuração da integração do ambiente de tempo de execução com o restante do sistema.
Para criar um ambiente com uma distribuição diferente, basta executar um único comando distrobox-create sem pensar nos detalhes.
Após o lançamento, o Distrobox encaminha o diretório inicial do usuário para o contêiner, configura o acesso ao servidor X11 e Wayland para ser executado a partir do contêiner GUI, permite conectar unidades externas, adiciona saída de som, implementa o agente SSH de integração no nível do shell, D-Bus e udev.
Como resultado, o usuário pode trabalhar totalmente em outra distribuição sem sair do sistema principal.
O Distrobox afirma ser capaz de hospedar 16 distribuições, incluindo Alpine, Manjaro, Gentoo, EndlessOS, NixOS, Void, Arch, SUSE, Ubuntu, Debian, RHEL e Fedora. Qualquer kit de distribuição para o qual existam imagens no formato OCI pode ser iniciado no contêiner.
Este projeto visa trazer qualquer espaço de usuário de distribuição para qualquer outra distribuição compatível com podman ou docker, por isso é mencionado que foi escrito em POSIX sh para torná-lo o mais portátil possível e que o usuário não tenha problemas com as dependências e glibc compatibilidade de versão, além de também visar entrar no contêiner o mais rápido possível
Agora, foi lançada a nova versão do Distrobox 1.8.
Novidades do Distrobox 1.8
Após mais de cinco meses de desenvolvimento, o Distrobox 1.8 finalmente foi lançado, trazendo melhorias, correções de bugs e novos recursos que tornam a ferramenta ainda mais versátil e fácil de usar.
Esta atualização muito necessária aborda vários aspectos de funcionalidade, estabilidade e compatibilidade, além de adicionar vários novos recursos. Aqui estão eles.
Uma das melhorias de destaque no Distrobox 1.8 é como ele lida com comandos de shell ao entrar em contêineres.
Distrobox 1.8 refina significativamente o manuseio de comandos de shell, o que deve ajudar a evitar problemas potenciais relacionados a caracteres de escape e análise de comandos no futuro.
Melhorias na integração NVIDIA também garantem uma operação mais suave para usuários que executam GPUs NVIDIA ao usar o Distrobox com aceleração de hardware.
Além disso, melhorias no manuseio de variáveis de ambiente XDG significam melhor gerenciamento e compatibilidade em diferentes ambientes de desktop.
Para aqueles que dependem de manifestos remotos, um novo recurso importante é a capacidade de gerenciar arquivos assembler remotos do Distrobox.
Com o novo comando distrobox assemble create --file https://foo.com/file.ini
, os usuários agora podem manter seus arquivos assembly remotos, simplificando os processos de configuração e tornando-os mais eficientes.
Além disso, o Distrobox 1.8 introduz suporte para várias novas distribuições de contêineres, incluindo imagens do uBlue e toolbx, e os novos lançamentos Fedora, Ubuntu e Alpine.
Essas adições dão aos usuários mais flexibilidade na escolha de seus ambientes de contêiner preferidos, atendendo a uma gama mais ampla de fluxos de trabalho e preferências.
Além disso, o lançamento também se concentra fortemente em correções de bugs e melhorias de estabilidade, abordando vários problemas em geral.
Algumas correções notáveis incluem garantir que as variáveis de ambiente sejam definidas corretamente, abordar problemas de detecção de nomes em arquivos assemble e corrigir problemas de compatibilidade com carimbos de data/hora do Docker e nomes de usuário do Active Directory.
Os usuários também encontrarão melhor documentação, incluindo atualizações sobre compatibilidade para distribuições como Alpine 3.20, integração aprimorada com VSCode e adição de ícones úteis e correções em vários guias.
Para saber mais sobre essa versão, acesse a nota de lançamento.
Como instalar o DistroBox no Linux?
O Distrobox está disponível para download aqui se você quiser compilá-lo a partir dos fontes.
Se essa não é sua preferência, você terá que esperar que esta versão chegue aos repositórios de software estáveis de sua distribuição GNU/Linux favorita para atualizar e aproveitar as novas melhorias.
Mas para este caso, usaremos o método de instalação oferecido para quase todas as distribuições Linux. Para fazer isso, basta abrir um terminal e nele vamos digitar o seguinte:
curl -s https://raw.githubusercontent.com/89luca89/distrobox/main/install | sudo sh
E pronto com isso podemos começar a usar essa ferramenta.
Em relação ao seu uso, o distrobox é dividido em 8 comandos:
distrobox-create
– cria o container
distrobox-enter
– para entrar no container
distrobox-list
– para listar contêineres criados com distrobox
distrobox-rm
– para remover um contêiner criado com distrobox
distrobox-stop
– para parar um contêiner em execução criado com distrobox
distrobox-init
– o ponto de entrada do contêiner (não destinado a ser usado manualmente)
distrobox-export
– foi projetado para ser usado dentro do contêiner, útil para exportar aplicativos e serviços do contêiner para o host
distrobox-host-exec
– para executar comandos/programas do host, enquanto estiver dentro do contêiner
Por fim, se você estiver interessado em aprender mais sobre o Distrobox, saiba que o código do projeto está escrito em Shell e é distribuído sob a licença GPLv3. Você pode consultar tanto seu código-fonte, quanto seus manuais de usuário e mais informações no seguinte endereço.