A ESET afirmou que as detecções de malware para Android aumentaram 12% no Brasil durante o primeiro semestre de 2019. Confira os detalhes dessa descoberta.
Com o advento da Internet das Coisas e os milhares de dispositivos não tradicionais controlados por aplicativos móveis, a segurança dos smartphones está se tornando cada vez mais relevante.
Detecções de malware para Android aumentaram 12% no Brasil durante o primeiro semestre de 2019
A ESET fez uma análise do cenário de segurança móvel no mundo, com base nas estatísticas dos primeiros seis meses do ano.
A empresa avalia quais são as novas tendências em relação ao relatório de segurança móvel de 2018.
Segundo a empresa, embora as vulnerabilidades no sistema Android até junho representem 14% do total relatado em 2018, 68% das falhas publicadas em 2019 foram de alta criticidade e 29% delas permitiram a execução de códigos maliciosos.
Já em relação aos anos anteriores, a porcentagem de falhas graves é maior.
Denise Giusto Bilic, especialista em segurança da informação da ESET América Latina, diz que é por esse motivo que:
“é importante instalar patches de segurança, para evitar ser afetado por vulnerabilidades, como fez o Google, em julho. 90% dos dispositivos Android usam versões anteriores ao Android Pie, que podem expor telefones desatualizados a falhas em larga escala, e podem exigir reparos na arquitetura da instalação.”
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Em particular, uma vulnerabilidade nas versões Android 2.0 e 9.0 chamada CVE-2019-2107, foi capaz de violar aparelhos, reproduzindo vídeos no dispositivo da vítima, assim depois que o usuário abria o arquivo, os cibercriminosos obtinham acesso ao dispositivo.
Esses vídeos podem ser enviados, por exemplo, por e-mail (o aplicativo Gmail carrega-o com o player de vídeo do Android, por exemplo).
No primeiro semestre de 2019, as detecções de malware para Android concentraram-se mundialmente na Rússia (16%), Irã (15%) e Ucrânia (8%).
O primeiro país latino-americano a aparecer no ranking internacional é o México (3%) em sexto lugar, seguido pelo Peru (2%) em décimo lugar.
Se apenas as detecções nos países da América Latina forem levadas em consideração, em 2019 os países com o maior número de detecções foram México (26%), Peru (16%) e Brasil (12%).
Para iOS, as vulnerabilidades até agora, em 2019, representam um aumento de 25% em relação ao número de falhas em 2018, e quase o dobro das encontradas no Android.
No entanto, o percentual de alta criticidade é menor do que no Android, em torno de 20%.
Por outro lado, as detecções de malware para iOS aumentaram 43% em comparação com o primeiro semestre do ano passado.
“O número de novas variantes de malware continua muito baixo, o que indica que o interesse dos cibercriminosos continua sendo o Android, onde está localizado o maior número de usuários”
Quanto à distribuição geográfica dessas detecções, em todo o mundo elas estão concentradas principalmente na China (75%), Índia (7%) e Taiwan (4%).
Nesse sentido, é interessante observar que a Índia está entre as primeiras posições, deslocando Hong Kong de sua posição.
Na América Latina, em 2019, os países com as maiores detecções foram Equador (20%), Colômbia (18%) e México (17%).
As vulnerabilidades encontradas nos aplicativos do usuário podem ser tão perigosas quanto as do sistema operacional, como exemplificam a falha no WhatsApp que permitiu alterar mensagens enviadas, bem como os ataques de Engenharia Social que tentam atrair usuários por meio de ataques cibernéticos, como o golpe no WhatsApp que prometia 1000 GB para navegar pela internet, para espalhar fraudes na web.
Para finalizar, Denise disse que:
“Embora os sistemas móveis tenham sido projetados sob uma perspectiva de segurança e às vezes sejam mais seguros que as tecnologias tradicionais, não devemos esquecer que os riscos permanecem latentes. Devemos sempre ter em mente que nenhum sistema é invulnerável e que educação e prevenção são inevitáveis para usar tecnologias móveis com segurança.”
Para mais informações, acesse a análise publicada.
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