A Canonical quer levar aplicações Electron para milhões de usuários de Linux, unindo essa tecnologia com a comodidade dos pacotes Snap. Confira os detalhes dessa ideia.
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Fenômenos como mobilidade ou computação em nuvem mudaram o paradigma dos aplicativos e onde isso está mais perceptível é no PC.
Mas mesmo no PC há espaço para inovação e um dos projetos mais interessantes que surgiram nos últimos tempos foi o Electron, um framework de desenvolvimento baseado em tecnologias web, mas focado na criação de aplicações desktop.
Canonical quer levar aplicações Electron para milhões de usuários de Linux
O Electron é um recurso importante e deve ser levado em conta.
A Canonical parece pensar o mesmo e não apenas isso: eles estão mais do que dispostos a abrir as portas para o maior número possível de aplicações Electron, a fim de levá-las “para os milhões de usuários do Linux”.
Como eles querem fazer isso é simples: via Snap.
A empresa está se esforçando muito para atrair desenvolvedores para sua loja de aplicativos e a consequente adoção do formato de pacotes, então não é surpresa que eles também apontem para a direção do Electron.
Em um artigo publicado há poucos dias no blog do Ubuntu foi mencionado que construir um pacote Snap é muito simples, graças ao Electron Builder, uma das ferramentas mais acessíveis e poderosas para a criação de aplicações de elétrons, que convenientemente, possui o suporte para snap integrado.
Levar um aplicativo de desktop Electron para o Linux com o Electron Builder pode ser tão fácil quanto uma simples mudança de linha no arquivo package.json. E como exemplo de aplicação, o artigo cita o gerenciador de senhas Bitwarden.
No entanto, o mais interessante não é o suporte a Snap no Electron Builder, cujo formato predefinido para o Linux geralmente é o AppImage, mas a preocupação em dedicar um artigo a um recurso que será, sem dúvida, conhecido por aqueles que usam o Electron Builder.
O que eles procuram fazer é atrair a atenção dos desenvolvedores de aplicativos Electron e, como mencionado anteriormente, eles também são um recurso a ser levado em conta.
Em outras palavras, sempre que os aplicativos nativos tradicionais atendem a uma necessidade, não há discussão sobre sua adequação, pois eles geralmente são mais completos, mais leves e mais integrados com o ambiente de trabalho.
Mas existem exemplos de aplicações Electron muito válidas e renunciá-las por sua natureza não faz sentido. Entre estes, estão os aplicativos da Microsoft, como o Visual Studio Code ou o Skype.
Não é uma coisa trivial: inicialmente, o Electron foi o projeto de um engenheiro da Intel e depois passou a estar sob a asa do GitHub; e agora que o GitHub é de propriedade da Microsoft, é de se esperar que eles o manterão em boa saúde.
Os aplicativos Electron, além disso, são um recurso útil também para o desenvolvedor, pois facilitam a criação e distribuição de aplicações multiplataforma.
E não é difícil instalá-los quando estão disponíveis para Linux. Mas ser capaz de encontrá-los na loja de software do Ubuntu (e de outras distro que suportam Snap), será uma conveniência adicional que agradará a todos.
Essa iniciativa de incentivar os desenvolvedores que usam Electrona a adotarem o formato Snap é ótima e vale a pena ser divulgada por todos. Agora, só o futuro dirá o quanto isso será importante para o crescimento do Linux e das tecnologias abertas. Torço para que dê muito certo.
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