Neste artigo Felipe Marquez, Gerente de Produto da ao³ mostra que apaixonar-se pelo problema é o caminho mais eficiente para resolvê-lo.
Quando pensamos no processo de inovação, ele parece mais complexo do que realmente é. Na prática, passa por entender uma necessidade por inteiro, mas o que muita gente esquece é que tudo começa com o entendimento completo da dor que se pretende resolver e para isso é necessário “apaixonar-se pelo problema”.
Apaixonar-se pelo problema – o caminho mais eficiente para resolvê-lo
Parece estranho dizer isso, mas de um modo figurado, essa expressão reforça a importância de compreender todos os aspectos que nele estão inseridos, para encontrar uma solução inovadora.
Neste processo de conhecer melhor a sua “paixão”, o design thinking é uma abordagem que se encaixa perfeitamente porque propõe desmembrar o problema, com foco no ser humano e na busca por soluções alinhadas às necessidades do usuário/consumidor.
Para exemplificar melhor, vamos imaginar um problema potencializado pela pandemia e como resolvê-lo aplicando design thinking.
Com o isolamento social, fazer uma admissão sem o contato físico tornou o processo mais desafiador para os profissionais de departamento pessoal (DP).
Talvez você nunca tenha parado para pensar, mas a tarefa de admitir um novo colaborador pode exigir muitas trocas de e-mails e o envio de documentos de forma presencial.
Para desenvolver uma solução, que realmente ajude a resolver essa dificuldade, é necessário mergulhar no problema e nas dores dos profissionais de DP.
Por que demora tanto um processo de admissão? O vai e vem de documentos é mesmo necessário? Como gerenciar a entrega e o armazenamento de documentos, de maneira rápida, remota e segura?
Olhando de fora, pode parecer fácil responder a esses questionamentos.
Aplicar as famosas cinco etapas do design thinking – empatia, definição, ideação, protótipo e o teste – funciona para criar uma solução que realmente faça sentido e resolva esse problema.
Lembrando que se julgar necessário voltar ao passo anterior, faça-o. Não siga para próxima fase sem ter a certeza de que explorou todos os aspectos possíveis do seu problema.
Isso tem um significado muito forte para o time e para a empresa: Se a solução proposta não passou na validação, também é uma boa notícia, pois você aprendeu de maneira rápida e barata, sem precisar investir meses no desenvolvimento de um produto, em campanhas de lançamento para, somente depois disso, descobrir que ele não supre a real dor do seu usuário.
Quando usamos essa abordagem temos a capacidade de desenvolver uma solução para endereçar problemas com agilidade e eficiência.
Como no processo de admissão, que entramos de cabeça na rotina do profissional de DP e em poucas semanas entregamos uma experiência para digitalizar uma tarefa burocrática, que demanda muitas horas.
Suprimos todas as dores do Analista de DP com esta solução?
A resposta mais honesta é: não! Porém, acreditamos que resolvemos sim uma das principais dores e dado todo o trabalho de exploração que foi feito, conseguimos ter uma boa ideia das próximas dores que poderemos ajudar este profissional.
Resumindo, o “apaixonar-se” é na verdade essa busca por entender de maneira profunda o que gera uma dificuldade e como podemos resolvê-la de maneira simples.
O design thinking é um recurso aliado nessa tarefa porque propõe justamente esse olhar empático, possibilitando entregar soluções eficientes, mais rápidas e inovadoras.
Por Felipe Marquez, Gerente de Produto da ao³