O site MuyComputer informou que alguém está vendendo o LibreOffice na Microsoft Store, e não é a The Document Foundation. Confira os detalhes dessa estranha ocorrência.
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O LibreOffice é um software livre e uma referência em suítes de produtividade. Ele surgiu a partir de um fork do OpenOffice.org em 2010 e desde então se tornou a maior alternativa ao Microsoft Office, para aqueles que usam essas suítes como instalações locais.
Essa suíte é de responsabilidade da The Document Foundation, uma organização de software sem fins lucrativos que oferece o pacote totalmente gratuito para download em seu website e em outros sites da Internet.
Alguém está vendendo o LibreOffice na Microsoft Store! Não compre!
É sempre bom lembrar que nada impede a venda de um software livre, mesmo quando se trata de produtos derivados. No entanto, às vezes encontramos casos cuja ética é pelo menos questionável.
Bem antes da chegada do LibreOffice à Microsoft Store, apareceu algo que não se encaixava lá: um LibreOffice pago (custando U$$ 2,99) e que não estava sendo distribuído pela The Document Foundation, mas por um particular.
É importante mencionar que a TDF nunca vendeu o pacote em nenhuma loja, portanto, o dinheiro gerado pelas vendas através da Microsoft Store vai para o bolso de um particular e não para a The Document Foundation.
A presença dessa versão do LibreOffice, muito possivelmente não confiável, forçou a The Document Foundation a sair para esclarecer que não tem nenhum vínculo com o aplicativo que está sendo vendido através do Microsoft Store por meio da seguinte declaração:
A The Document Foundation tomou conhecimento de uma versão não oficial do LibreOffice na Windows Store. Estamos investigando mais profundamente, mas queremos ser claros: esta não é uma versão oficial criada pela The Document Foundation, então a página do aplicativo é enganosa. A única fonte oficial do software (que pode ser baixado gratuitamente, isto é, sem nenhum custo para o usuário final) é o site do LibreOffice. Além disso, a The Document Foundation não coleta dinheiro da versão da Microsoft Store.
Será necessário ver em que condições o LibreOffice é distribuído e se a Document Foundation pode fazer algo para defender a marca.
Uma resposta a esta situação foi dada pelo fundador do GNOME e um dos principais impulsionadores do .NET como a tecnologia Open Source, Miguel de Icaza, que aconselhou a fundação a publicar uma versão gratuita do pacote na Microsoft Store, para evitar esses problemas com terceiros que tentam ganhar dinheiro de forma imoral.
Este caso é uma reminiscência de outro que ocorreu em 2011, quando vários aplicativos de modelagem 3D foram descobertos na Amazon.
Obviamente, a venda de algo Amazon não é errado, mas era moralmente repreensível que realmente era um Blender renomeado e vendido a um preço elevado, quando essa conhecida aplicação de modelagem 3D tem sido disponibilizada gratuitamente em seu site oficial.
No momento, parece que ainda há coisas a saber sobre esse peculiar e pouco confiável LibreOffice publicado na Microsoft Store.
Em qualquer caso, o recomendável é NÃO comprar o aplicativo de lá, mas sim baixar o pacote gratuitamente a partir do site oficial do LibreOffice.
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